quarta-feira, 24 de junho de 2009

Meus pensamentos: As faces da morte

(podemos topar com a morte em qualquer esquina por aí ^_^x)

Tema que fascina e encanta, por diversas épocas, pensadores e artistas.

Em certos épocas, exaltada. Exaltada também por civilizações ao longo história geral, como no Egito, onde os corpos eram embalsamados e suas riquezas guardadas para o suposto dia que voltariam do reino de Anubis para este.

E nas religiões modernas, há também o tema morte. E a antiga religião faraônica é revisitada, com algumas diferenças: você pode voltar, mas sem o corpo físico como acreditavam os egípcios, e até mesmo falar ou mandar mensagens para as pessoas que estão por aqui. Infelizmente a internet não chegou por lá e não podemos mandar e-mails ou postar mensagens no blog.

Mas hoje está tão comum a visita da morte, que lembra-me a idade das trevas, quando quase 1/3 da população morreu com a peste. (talvés nossa peste, a brasileira de hoje, eja a impunidade)

Claro que não é uma verdade para todo mundo. Como já é velha essa estória para nós, brasileiros, os abastados quase nunca são atingidos (e quando são vira tragédia pública) vivendo em suas coberturas, num condomínio fechado, supostamente isolados e a salvo da marginalidade que é a realidade da maioria. (nota irônica: os "bons cidadãos" colocam grades em sua própria casa enquanto os criminosos circulam pela rua. Mas não deveria ser o contrário?)

A morte na periferia chega a fazer parte do cotidiano das pessoas. As chacinas são quase comuns. No ano em que escrevi esse texto, começamos o ano com uma.

Muitas mortes, muitas pessoas choraram sem serem ouvidas. Os nomes das pessoas não constam em nenhum meio de comunicação (talvez um blog de algum parente, SE ele tiver acesso a interenet).
E já foram esquecidos . Pelo povo, pelas autoridades responsáveis, pelos nossos dirigentes. Só não foram esquecios pelos familiares que ainda choram. Mas, afinal, é só a periferia, não é?

Então acontece um atentado num Shopping centere morre UMA pessoa. Aparece o nome dele, a família toda dá depoimento, mostram a marca da roupa íntima, da moto, do perfume e até o cachorrinho com carinha triste aparece para falar. Desculpem, para latir.

E no subúrbio? Ninguém falou, apareceu ou latiu. Mas basta morrer UM "fidalgo" que há um enorme rebuliço na imprensa.
E os valores? Onde estão? Provavelmente ficaram como esmola para aquele pedinte na praça da Sé.




















Existem muitas representações da morte.
Algumas das atuais sofreram algumas mudanças visuais interessantes, como nossa bela Morte ao lado.

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